quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

É Preciso Ser Ousado

O prefeito municipal é o agente público mais exigido pelo povo. Por estar mais perto e diretamente envolvido com as questões que mexem com a vida dos cidadãos as cobranças são permanentes. Por isso, muitas vezes é obrigado a adotar medidas que ultrapassam sua área de administração.

A inexistência de viaduto e até mesmo de uma simples rotatória, na BR-153 ligando Anápolis City com Bairro de Lourdes, acidentes pavorosos aconteciam naquele trecho da rodovia federal, todas as semanas, causando dezenas de vítimas. Cansado de cobrar das autoridades federais e não ser atendido, o prefeito Wolney Martins decidiu investir parte dos poucos recursos disponíveis no Tesouro municipal para resolver o problema. Toda obra foi paga pelo município. A administração estadual colaborou em parte na movimentação de terra. Foi trabalho ousado e fundamental na preservação da vida dos que diariamente transitavam e transitam pelo local.

Ao suceder Wolney Martins acertei com o governador Maguito Vilela que faríamos pelo Dergo o anel viário de Anápolis. Basílio, arquiteto do Departamento de Estradas de Rodagens do Estado de Goiás, elaborou o projeto. Sairia da BR-060 em frente ao Calixtópolis encontrando com a BR-153 no trevo da saída para Brasília, até à proximidade da entrada ao povoado de Miranápolis. Dali cortando região rural do município até atingir o ponto inicial do anel, próximo ao posto Presidente, na BR-060. O Dergo realizou a concorrência pública e os serviços tiveram início pela abertura da segunda pista da BR-153, a partir do trevo que liga Anápolis a Brasília.

Contando com a decisiva colaboração dos meus ex-companheiros da Câmara Federal, Odacyr Klein – ministro dos Transportes e Tarcisio Delgado, diretor presidente do DNER, conseguimos repassar a obra para o ministério dos Transportes. Muito importante foi a participação de Iran Saraiva, ministro do Tribunal de Contas da União – TCU, desembaraçando junto ao Ibama, questões sobre preservação ambiental. Toda formalidade legal para a continuidade da obra foi agilizada pelo ministro, junto ao TCU.

Graças ao trabalho arrojado que a prefeitura de Anápolis e o governo estadual realizaram para construção da obra, contamos com o trecho da BR-153 duplicado do trevo que liga Anápolis a Brasília até próximo a Interlândia. O viaduto Ayrton Sena, construído na administração Wolney Martins, foi duplicado. Da mesma forma nova ponte construída sobre o córrego das Antas, ao lado da sede campestre do clube Lírios do Campo. Essa nossa decisão ousada e determinante ensejou a construção de outras obras valiosas no setor de transporte em Anápolis: viaduto na BR-153, cruzamento com a BR-414 que liga Anápolis a Corumbá de Goiás e viaduto no trevo ligando BR-153 à Vila Jaiara, principal ligação de Anápolis com o norte do Estado.

Firme tomada de posição pelo atual comandante do poder público municipal está sendo aguardada pelos anapolinos, para a continuidade normal dos serviços. O Denit está devagar, quase parado na execução de obras de menor complexidade e de muita importância para o município. Trincheira e passarela ligando os bairros Jardim Progresso ao Parque dos Pirineus estão paralisadas há meses. Denit não dá qualquer esclarecimento do porque de tanto atraso. Trecho da BR-153, do início da BR-414 ao trevo Vila Jaiara tem sido palco de inúmeros acidentes com vitimas fatais. A população do parque dos Pirineus encontra-se totalmente ilhada. As crianças do parque estudam no Jardim Progresso, têm que atravessar as duas pistas da rodovia e pistas auxiliares sem nenhuma segurança. Foram instalados na BR-153 todos os postes e luminárias no trecho compreendido entre trevo saída para Brasília à Vila Jaiara, há pelo menos seis meses. Não há sequer previsão de quando a iluminação funcionará. Da mesma forma o trevo no final da Avenida Universitária e início da BR-414 precisa de reformulação completa e imediato sistema de iluminação. Denit não soluciona o problema e sobre eles nada comenta. Para a iluminação da rodovia e do trevo estão faltando transformadores. Celg e Denit não se acertam. Sem interferência enérgica do poder público municipal as pequenas, mas importantes pendências se perpetuam. O Executivo municipal de Anápolis já deu provas no passado, que muita coisa se consegue assumindo responsabilidade que pertence ao governo federal.

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