quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mentiras repetidas têm destruído pessoas de bem

Publicado na edição de 16/09/2010 do jornal Diário da Manhã

Campo propício para fofocas, grandes e pequenas, é o político. Há as revestidas de alguma lógica e as que agridem a inteligência até dos mais insensatos. Por mais ridículas e absurdas que sejam, sempre há os que nelas acreditam. Fazem questão de acrescentar detalhes ao difundi-las. As propagam por má-fé ou por ignorância. Não elucidadas comprometem a reputação de pessoas trabalhadoras, corretas e inocentes.

Quando Henrique Santillo encerrava o mandato de governador, em 1999, seus inimigos propagaram pelo Estado inteiro que ele estaria construindo um moderno e amplo hospital em Ribeirão Preto-SP. Afirmavam despudoradamente que a obra estava sendo edificada com recursos públicos de Goiás. A princípio o governador ignorou o boato. Em pouco tempo a fofoca ganhou dimensão e status de verdade. Os fofoqueiros, maldosamente, afirmavam ter visto carretas de cimento, mármore e ferro deixando o Estado rumo a Ribeirão Preto. Foi preciso que Henrique Santillo determinasse a ida de uma equipe de televisão àquela cidade, buscando informações oficiais na prefeitura, Crea e cartório de imóveis. Ficou esclarecido não possuir imóvel no município e nenhuma obra estava sendo construída naquela cidade em seu nome ou seu parente.

Contra Maguitto Vilela, os futriqueiros lhe criaram, maldosamente, a imagem de político que persegue a cidade de Anápolis. Atribuíram-lhe a responsabilidade pelo fechamento da tecelagem Vicunha.

Alguns dias antes do seu fechamento, o presidente do grupo Vicunha, Benjamin Stainbruck, participou do lançamento da pedra fundamental da ampliação da empresa no Daia. Todo apoio que pediu ao governo estadual - Maguito Vilela - e Prefeitura de Anápolis lhe foi garantido. Além do terreno, receberia incentivo do Fomentar e auxílio financeiro da Prefeitura de Anápolis para edificação do prédio que abrigaria a ampliação. Como prefeito municipal, recebi da Câmara Municipal, por lei, autorização para ajudar a indústria têxtil. Depois de tudo acertado, alegando concorrência predatória de produtos confeccionados na China, decidiu mudar de ramo. Adquiriu a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, privatizada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Não só desistiu do projeto de ampliação como optou pelo fechamento da Vicunha em Anápolis. Os inimigos de Maguito esparramaram por toda cidade que o governador teria sido o responsável pelo fechamento. Ao mesmo tempo acrescentaram que a Perdigão só não veio para Anápolis porque Maguito não permitiu. Até hoje se ouve na cidade que Maguito é inimigo do município. Por entendê-la absurdo dos absurdos, não se defendeu quando estava no governo. Hoje não há ninguém da Vicunha disposto a esclarecer a verdade. Se o governo estadual tinha poderes para fechar a empresa, como alardeiam sem escrúpulo, por que as administrações que sucederam Maguito Vilela não a reabriram?

Outra fofoca que tem sido intensamente divulgada por adversário de Iris Rezende Machado, em período eleitoral ou não, é que ele exonerou de 20 a 30 mil funcionários públicos do Estado, pelo decretão, no início do seu governo, em 1983.

O maior número de atingidos pelo decreto pertencia à Secretaria Estadual da Educação, da qual eu era o secretário. Porteiros, serventes e merendeiras por receberem pequenos vencimentos, próximos ao salário mínimo, ficaram fora dos efeitos do decreto. Professores e administrativos foram por ele atingidos por terem sido contratados após o dia 2 de abril de 1982, período que a Lei Eleitoral proibia contratações. Por minha sugestão e prontamente aceita pelo governador Iris Machado, os que estavam trabalhando desde o início do ano letivo de 1982, mesmo que contratados após o dia 2 de abril, foram excluídos do efeito do decreto. Eles eram vítimas do governo anterior, que os colocou para trabalhar, segurando vaga, sem receber salário. Entendemos serem injustas as exonerações. Caso fossem punidos por terem sido contratados em período que a Lei Eleitoral proibia, seriam injustiçados duas vezes: por trabalharem sem qualquer remuneração e contratados em período ilegal, quando já serviam ao Estado há muito tempo. Continuaram nas escolas. Dos 12 mil servidores atingidos pelo decreto, apenas uns 100 não conseguiram provar vínculo com a escola antes de 2 de abril ou não quiseram continuar na rede educacional do Estado. Os demais foram readmitidos por mim, como secretário, devidamente autorizado pelo governador Iris Rezende Machado. As exonerações não passaram de uma centena. Efetivamente não houve exoneração em massa como repetem constantemente os desinformados.

As demais secretarias não dispunham de muitos servidores contratados depois do dia 2 de abril de 1982. Portanto foram poucos os atingidos. Como falar em milhares se os trabalhadores da educação continuaram em seus postos? Prevalece a fofoca que Iris Rezende Machado exonerou milhares de servidores públicos por capricho político.

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