quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Thiago Peixoto Poderá Dar Novo Caminho à Educação

Na solenidade em que a professora Milca Severino transmitiu o cargo de secretária estadual da Educação para Thiago Peixoto, novo titular da pasta, tive a satisfação de reencontrar muitos dos que me auxiliaram quando passei pela mesma secretaria. Ao ver Thiago cheio de ideias e planos, relembrei de quando fui convidado pelo governador Iris Rezende Machado para assumir o cargo. Os servidores da educação como de resto todo funcionalismo público estadual, estavam com seus vencimentos atrasados. O famoso decretão baixado pelo governador Iris Rezende, só na educação, atingiu mais de 12 mil servidores. Rara foi a escola que não teve alguém afastado pelo decreto. Iris exonerou todos que foram contratados após o dia 2 de abril de 1982. Por ser ano eleitoral, os contratos teriam que ser feitos até dia 2 de abril. A partir daquela data, infringia a lei eleitoral. Ouvindo a voz rouca da comunidade estudantil e educacional, decidi que todos os que estavam em sala de aula, ou prestando serviço em unidades escolares, não se afastassem dos seus postos. Continuassem trabalhando normalmente. Ao examinar a documentação, por amostragem, concluí que a totalidade, tinha sido contratada depois do dia 2-4-1982, mas já prestava serviço às escolas estaduais, no mínimo, desde o início do ano letivo, fevereiro de 1982. Não recebiam pró -labore, mas estavam em seus postos “segurando vaga”. Levada a questão ao governador Iris Rezende, me autorizou a retornar com todos que provassem vínculo antes do dia 2 de abril. Praticamente todos foram beneficiados. Só não continuaram os que não quiseram.

Foi grande a revolta de parlamentares e lideranças municipais do PMDB – prefeitos, vereadores e diretórios – que queriam o afastamento, para nomearem companheiros e cabos eleitorais. Naquela época, isso era possível porque não havia a obrigatoriedade de concurso para ingresso no serviço público. Essa obrigatoriedade aconteceu a partir da Constituição Federal de 1988. Resistimos às pressões e lamúrias.

Quando vagas surgiram, inovamos os costumes para o preenchimento. Mesmo podendo escolher a dedo, como usualmente se fazia, preferimos admitir pessoal por concurso público. Em encontros regionais programados por Iris Rezende, defendiamos a ideia do concurso. No início, a resistência dos companheiros de partido foi unânime. Levamos exatos seis meses para convencer as lideranças que o concurso era a forma mais democrática e própria para melhorar a educação estadual. Realizamos concurso regional. Cada delegacia de ensino foi responsável pelo concurso na sua região. Com isso, evitamos que profissionais dos grande centros, como Goiânia e Anápolis, assumissem todas vagas do interior e posteriormente buscassem pistolões políticos para se transferirem para as cidades maiores.

Criamos e implantamos as faculdades de educação em Porangatu, Porto Nacional e Araguaína, no Norte do Estado, melhorando a qualidade dos recursos humanos na região. Com o extraordinário trabalho do professor Sebastião França, implantamos mais seis cursos novos em Anápolis, criando o embrião da futura Universidade Estadual de Anápolis, hoje UEG. Promovemos acesso e promoção aos professores e educadores. Com a participação do CPG, implantamos o Estatuto do Magistério, o mais avançado para a época. Reformamos e construímos escolas. Construímos mil salas de aula, no sistema de mutirão. Realizamos inúmeros cursos de aperfeiçoamento na educação. Para isso, Iris Rezende Machado, como governador, deu apoio integral aos investimentos e transformações. Respaldado pelo histórico de vida, todo voltado pelas causas justas, prioritárias, e mandato de deputado federal, tive o apoio de toda sociedade.

Hoje, Thiago Peixoto chega à secretaria da Educação, respaldado pelo mandato de deputado federal e com a bagagem de ser educador. Apesar da sua pouca idade, é uma das maiores autoridades educacionais, em Goiás. Cheio de vontade, assume o cargo respaldado pelo apoio dos educadores e prestigiado pelo governador. Com conhecimento da área que vai dirigir, força política e projetos inovadores já esboçados, será a grande novidade da administração de Marconi Perillo. Goiás pode não ter o único administrador capaz nessa área, mas com certeza, possui um dos mais competentes secretários de Educação de todo Brasil.

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